Keila, hoje, fui atacado pelo passado!
Me vem à cabeça, enquanto escrevo, memórias de mais
de 20 anos (nossa, estou me sentindo velho ao escrever isso [risos]), como a imagem
de nossa mãe grávida.
Grávida de você Keila, lembro de
você bebe, aprendendo a falar, aprendendo a caminhar, me perguntando as coisas:
o que é isso? o que é aquilo? Por que isso? por que aquilo?
Me lembro de você criança, ainda
sem saber ler querendo ver as figurinhas dos livros que eu lia, e quase
destruindo meu material escolar (hehehe).
Me lembro das histórias que eu
lia para você, talvez disso você tenha aprendido a gostar de ler, de você criança e
eu e o Maicon tendo que fazer você dormir na rede enquanto nossa mãe fazia o
serviço de casa.
Ou então, eu doido para brincar
com meus amigos, mas só podia faze-lo depois de fazer você dormir, ou então
levar você junto.
Assalta a minha memória, você
criança, cantando no ônibus de Santa Rita para Marechal Rondon, quando íamos visitar
nossos avós, ou então você já mais velha arranjando encrenca na escola e
sobrando para seus irmãos resolverem.
Lembro das brigas, irmãos brigam
e isso é normal, o que não é normal é ficar brigado. Quantas vezes não dissemos
um para o outro para nunca mais nos falarmos, e quando víamos, nem meia hora
depois estávamos lá falando sobre qualquer coisa?
Dos desabafos, muitos deles que
você só contou a mim. Me vem à mente as discussões com nosso pai, onde eu dizia
que você tinha tanto direito a sair quanto eu e o Maicon, e não é por ser
mulher que deveria ser tratada diferente neste quesito. Mas, também dizia a
você, que se quer liberdade deve aprender a arcar com as consequências de ser
livre!
Afinal, uma roseira não tem só
rosas, também tem espinhos! Resta saber tirar as rosas sem se machucar nos
espinhos.
Keila, temos nossas diferenças,
mas eu Te Amo minha irmã querida! Minha irmã caçula!
Como era o apelido que o Maicon e
eu lhe demos? Keilo... hehehe, não, não se preocupe, não vou escrever aqui! ;)
Enfim, se fosse escrever tudo o que
me salta a mente e o coração neste momento, eu acabaria por escrever um livro,
por isso vou parar por aqui.
Mas, antes de encerrar este
córrego de letras, quero dizer uma última coisa neste texto:
KEILA, FELIZ
ANIVERSÁRIO!
QUE SUA VIDA SEJA REPLETA DE MOMENTOS FELIZES, E LEMBRE-SE SEMPRE:
A FELICIDADE NÃO É O NOME DO LUGAR A SE CHEGAR, MAS SIM DA ESTRADA EM QUE CAMINHAMOS!
PARABÉNS, MANINHA CAÇULA!