domingo, 27 de março de 2011

Papa Condena condições extremas de Trabalho

Pois é pessoal, não vou negar que acho que o Papa Bento XVI tem errado em muitas das posições que vêm tomando em seu Pontificado, mas dessa vez ele deu uma dentro:
Eis a declaração de sua Santidade:
Vaticano

Papa condena "condições de trabalho difíceis"

por LusaOntem
Papa Bento XVI colocou um capacete depois de uma audiência com membros da diocese de Terni
O papa Bento XVI condenou hoje «as condições de trabalho difíceis e precárias» perante cerca de 8.000 peregrinos que se deslocaram ao Vaticano vindos da cidade industrial de Terni (centro de Itália).
"As condições de trabalho difíceis ou precárias tornam difícil e insegura a própria sociedade", disse o Papa, destacando em particular "a precariedade" do emprego dos jovens.
"A Igreja apoia e encoraja todos os esforços visando garantir a todos um trabalho seguro, digno e estável", assegurou.
Dirigindo aos peregrinos, muitos dos quais trabalham nas indústrias metalúrgica e química de Terni, Bento XVI defendeu ainda que sejam feitos esforços para impedir as mortes e acidentes de trabalho.
Em 2010 registaram-se em Itália 980 mortes devido a acidentes de trabalho.

E no Brasil, como estão as coisas?
Se na Itália em 2010 ocorreram 980 mortes devido a acidentes de trabalho, no Brasil só nos canteiros de obra do PAC já ocorreram 40 mortes. Em 2007, houveram cerca de 75 acidentes por hora, e uma morte a cada três horas de jornada de trabalho em nosso país!
O Brasil é considerado o 4º país em número de acidentes fatais que vitimam trabalhadores, estando atrás apenas da China, India e Indonésia!
Desde 2008, procura-se reduzir estes indices, mas ainda há muito o que fazer!
Portanto, fica a pergunta: Qual é a autoridade que vai colocar um capacete em nosso país, e questionar estas questões em nosso território?
E não pensem os Oestinos, que estamos livres disso, pois nossa região é uma das regiões onde mais ocorrem lesões relacionadas ao trabalho!

E então empresários? Como fica? O tempo da senzala já passou!

E então trabalhadores? Como fica? Muitas vezes somos objetos de nossa própria dominação!

Diretamente da Capital do Estado do Paraná, apenas algumas palavras para refletir e de desabafo!
Boa noite!
Áh!
Eis o link de acesso da reportagem sobre o Papa:

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1816032&seccao=Europa

sábado, 26 de março de 2011

Em viagem!

Olá Pessoal!
Estou em viagem, por isso não poderei atualizar o blog todos os dias esta semana.
Mas, vou tentar atualizar na medida do possível, e assim que voltar haverão muitas novidades!
Abraços!
Luciano

sexta-feira, 25 de março de 2011

Maya em ação: a relação entre essência e aparência. (Parte III)

Segue abaixo, a terceira e última parte do Artigo "Maya em ação: a relação entre a essência e aparência.



(...) Como exemplo mais prático podemos pegar o dinheiro. O valor do dinheiro em seus primórdios, era pautado na raridade do material com que era feito. Logo, moedas de ouro valiam mais que moedas de prata, que valiam mais que as de bronze. Enfim, existia sim uma espécie de fetichização do valor, mas esta fetichização estava vinculada à raridade empírica do material. O que a sociedade capitalista faz, é fetichizar a própria fetichização, e retirar o valor empírico.

Para isso constroem-se noções de valor de forma artificial, ou seja, o valor é aparente, desdobrando-se única e exclusivamente de uma construção social. Exemplo disso ainda é o próprio dinheiro. Hoje, usa-se dinheiro de papel, que é muito mais abundante do que qualquer metal, mas mesmo assim, se continua dando valor ao dinheiro, pode-se dizer que esse valor é retirado de uma convenção social, mas é mais do que isso. A questão da raridade (essência) ainda está posta, pois é só lembrar que existe um controle na emissão de moedas, que mantém um certo patamar de emissão impedindo que se emita demais, pois isso acarretaria em uma desvalorização da moeda. Logo, a essência se mantém, só que de forma artificial, tornando-se assim a própria essência uma aparência ao se mudar o material. Se a raridade era essência do ouro, ela não faz parte do papel, essa raridade controlada é uma construção social, e é apresentada enquanto essência, mas no fim é aparência.

E é contra essa confusão que acontece na sociedade capitalista que Marx nos adverte. Ao criar o dualismo entre essência e aparência, o capitalismo reveste de essência a aparência e omite a verdadeira essência. Coloca-se um véu na frente da consciência dos indivíduos que os impedem de ver a essência das coisas. Como prega a religião Hindu: é a soberania de Maya, a deusa que pondo um véu sobre a consciência dos humanos esconde a verdadeira essência das coisas. Outro exemplo é o salário, no processo de confundir essência com aparência, o trabalhador é estimulado a acreditar que a relação salarial é justa, e que o valor que ele está recebendo é o valor total do tempo da venda de seu trabalho, quando na verdade este valor é uma ínfima parte do valor que ele produziu, mas que no processo de sublimação torna-se solúvel e se camufla.

Ver o mundo e a sociedade através do viés da aparência, é como querer analisar o corpo conhecendo apenas a mão, ao ver a mão não se deixa de ver o corpo, pois ela é parte do corpo, assim como a aparência não está descolada da realidade, pelo contrário é parte dela. Mas ao se ver apenas a mão, não se tem a possibilidade de analisar todo o conjunto, e verificar como a mão se move, e por que ela está viva. Analisando a mão pela mão, você vai dar a razão da vida da mão à própria mão; e não se apercebe de que ela está viva porque faz parte de todo um conjunto que se camufla e se esconde da análise.

Segundo Marx, o papel da ciência está justamente aí, em perceber o além da aparência, em transcender essa visão cotidiana do mundo, percebendo as relações imbricadas que compõem a sociedade, mas que estão camufladas, dentro de seus efeitos. É necessário então, ir além dos efeitos e perceber as causas do mesmo. Logo, como diz Marx, "toda ciência seria supérflua se houvesse coincidência imediata entre a aparência e a essência das coisas" (Marx, 1984. P.939), mas diz também Marx que "todas as ciências, exceto a Economia Política, reconhecem que as coisas apresentam uma aparência oposta à sua essência" (Marx, 1867. P. 620). Portanto, se na Ciência busca-se distinguir entre uma e outra, essa relação imbricada entre a essência e a aparência é negada dentro das relações econômicas, de forma a tentar disfarçar as verdadeiras concepções que estas reproduzem.

Aparência e Essência não são duas realidades opostas, são pelo contrário duas faces de uma mesma realidade, só que o capitalismo procura sublimar uma e dar base para a outra, fazendo com que assim uma se passe pela outra, e a outra pareça não existir. O sistema ao buscar constantemente camuflar a essência apresentando apenas a aparência como verdadeira, negando assim a relação dialética existente entre as duas, apresenta-se como completo, fechado e eterno, negando assim as suas contradições internas. É Maya em ação, escondendo dos humanos, a verdadeira essência das coisas.

 

Astronomia: Professor da UEL fará Pós-Doutorado na Nasa

Ivan Gláucio Paulino Lima, biólogo paulista que dá aulas na Universidade Estadual de Londrina (UEL), fará Pós-Doutorado na Nasa!
É o PR se destacando na pesquisa Astronomica que também envolve a Astrobiologia.
Vejam a reportagem abaixo:

25/03/2011 -- 00h00
Professor fará pós-doutorado na Nasa
Biológo que dá aulas na UEL irá estudar os limites da vida em ambientes extraterrestres
Ricardo Chicarelli
Ivan Lima: ‘‘Poderei conhecer pesquisadores que estão no limite do conhecimento da astrobiologia’’
National Aeronautics Space Administration, ou simplesmente Nasa. Este é o destino de Ivan Gláucio Paulino Lima, 30 anos, professor temporário da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Em julho deste ano ele arruma as malas rumo aos Estados Unidos para iniciar seu trabalho de pós-doutorado. A meta é estudar os limites da vida em ambientes extraterrestres. 

O professor afirmou que começou a se interessar pelo assunto enquanto fazia o curso de graduação em Biologia, na UEL. ''Descobri um livro sobre astrobiologia e achei um tema interesante. Comecei a pesquisar o assunto e não parei mais'', disse. Segundo ele, é possível haver vida extraterrestre, ''sobretudo na forma microbiana''. A astrobiologia, área de estudo de Ivan, é extremamente nova e é o principal foco da maior parte dos investimentos das agências espaciais. 

O experimento que Lima pretende fazer inclui bactérias extremófilas, que sobrevivem em condições adversas e são resistentes à radiação. ''A ideia da Nasa é criar naves sustentáveis por longos períodos e as bactérias são fundamentais para isso. Precisamos identificar e isolar aquelas que resistem às condições da nave e que são capazes de realizar funções extremamente importantes, como a decomposição do lixo e a produção de oxigênio'', explicou. Segundo ele, a Nasa quer enviar missões tripuladas para Marte em 30 anos, por isso esta tecnologia é tão importante. 

Ele deu início às pesquisas em sua tese de doutorado. ''Reproduzi as condições da atmosfera de Marte para identificar se minhas bactérias de estudo seriam resistentes, e consegui êxito'', destacou. 

Para Lima, chegar à Nasa é uma grande oportunidade. ''Nunca esperei que algum dia teria esta chance. É um sonho se realizando. Tenho as melhores expectativas possíveis'', afirmou. ''Há muito desenvolvimento nesta área, lá poderei conhecer pesquisadores que estão no limite do conhecimento da astrobiologia. Acredito que quando voltar, poderei contribuir com o avanço desta área no Brasil'', disse. 

O professor ficará 18 meses em um centro de pesquisa da Nasa, localizada na Califórnia. Ele garantiu que quando voltar quer dar continuidade às pesquisas e seguir a carreira acadêmica. ''Está em construção um laboratório de astrobiologia em Valinhos, interior de São Paulo. Quem sabe eu não poderei prosseguir com este trabalho por lá?'' 

Ivan nasceu no interior de São Paulo e veio a Londrina em 1998 para estudar na UEL, onde concluiu o curso de Ciências Biológicas. Na mesma instituição ele fez o mestrado e o doutorado foi concluido posteriormente na Universidade Federal do Rio de Janeiro. A pós-graduação nos EUA foi obtida junto à Capes, órgão do governo federal.

Michelle Aligleri 
Reportagem Local
 
Fonte da reportagem:
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--3423-20110325

Recebi a notícia através da Lista do Grupo de Estudos De Astronomia de Londrina (GEDAL), o mesmo grupo que mencionei anteriormente no post sobre  a Nebulosa Quadrada. O Professor da reportagem também é membro do Grupo.

Expressão da minha indignação!

Como expressão da minha indignação pela decisão do STF com relação a lei da "Ficha Limpa", deixo aqui as Palavras do Mestre Carlos Drumond de Andrade.
O poema é longo, mas vale a pena postar o mesmo por completo, e a leitura nos trás reflexões a serem feitas.

Com vocês, NOSSO TEMPO (Carlos Drumond de Andrade)

Nosso Tempo
I
Esse é tempo de partido,
tempo de homens partidos.
Em vão percorremos volumes,
viajamos e nos colorimos.
A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua.
Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos.
As leis não bastam. Os lírios não nascem
da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra.
Visito os fatos, não te encontro.
Onde te ocultas, precária síntese,
penhor de meu sono, luz
dormindo acesa na varanda?
Miúdas certezas de empréstimos, nenhum beijo
sobe ao ombro para contar-me
a cidade dos homens completos.
Calo-me, espero, decifro.
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!
Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
são roucas e duras,
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir.
II
Esse é tempo de divisas,
tempo de gente cortada.
De mãos viajando sem braços,
obscenos gestos avulsos.
Mudou-se a rua da infância.
E o vestido vermelho
vermelho
cobre a nudez do amor,
ao relento, no vale.
Símbolos obscuros se multiplicam.
Guerra, verdade, flores?
Dos laboratórios platônicos mobilizados
vem um sopro que cresta as faces
e dissipa, na praia, as palavras.
A escuridão estende-se mas não elimina
o sucedâneo da estrela nas mãos.
Certas partes de nós como brilham! São unhas,
anéis, pérolas, cigarros, lanternas,
são partes mais íntimas,
e pulsação, o ofego,
e o ar da noite é o estritamente necessário
para continuar, e continuamos.
III
E continuamos. É tempo de muletas.
Tempo de mortos faladores
e velhas paralíticas, nostálgicas de bailado,
mas ainda é tempo de viver e contar.
Certas histórias não se perderam.
Conheço bem esta casa,
pela direita entra-se, pela esquerda sobe-se,
a sala grande conduz a quartos terríveis,
como o do enterro que não foi feito, do corpo esquecido na mesa,
conduz à copa de frutas ácidas,
ao claro jardim central, à água
que goteja e segreda
o incesto, a bênção, a partida,
conduz às celas fechadas, que contêm:
papéis?
crimes?
moedas?
Ó conta, velha preta, ó jornalista, poeta, pequeno historiados urbano,
ó surdo-mudo, depositário de meus desfalecimentos, abre-te e conta,
moça presa na memória, velho aleijado, baratas dos arquivos, portas rangentes, solidão e asco,
pessoas e coisas enigmáticas, contai;
capa de poeira dos pianos desmantelados, contai;
velhos selos do imperador, aparelhos de porcelana partidos, contai;
ossos na rua, fragmentos de jornal, colchetes no chão da
costureira, luto no braço, pombas, cães errantes, animais caçados, contai.
Tudo tão difícil depois que vos calastes...
E muitos de vós nunca se abriram.
IV
É tempo de meio silêncio,
de boca gelada e murmúrio,
palavra indireta, aviso
na esquina. Tempo de cinco sentidos
num só. O espião janta conosco.
É tempo de cortinas pardas,
de céu neutro, política
na maçã, no santo, no gozo,
amor e desamor, cólera
branda, gim com água tônica,
olhos pintados,
dentes de vidro,
grotesca língua torcida.
A isso chamamos: balanço.
No beco,
apenas um muro,
sobre ele a polícia.
No céu da propaganda
aves anunciam
a glória.
No quarto,
irrisão e três colarinhos sujos.
V
Escuta a hora formidável do almoço
na cidade. Os escritórios, num passe, esvaziam-se.
As bocas sugam um rio de carne, legumes e tortas vitaminosas.
Salta depressa do mar a bandeja de peixes argênteos!
Os subterrâneos da fome choram caldo de sopa,
olhos líquidos de cão através do vidro devoram teu osso.
Come, braço mecânico, alimenta-te, mão de papel, é tempo de comida,
mais tarde será o de amor.
Lentamente os escritórios se recuperam, e os negócios, forma indecisa, evoluem.
O esplêndido negócio insinua-se no tráfego.
Multidões que o cruzam não vêem. É sem cor e sem cheiro.
Está dissimulado no bonde, por trás da brisa do sul,
vem na areia, no telefone, na batalha de aviões,
toma conta de tua alma e dela extrai uma porcentagem.
Escuta a hora espandongada da volta.
Homem depois de homem, mulher, criança, homem,
roupa, cigarro, chapéu, roupa, roupa, roupa,
homem, homem, mulher, homem, mulher, roupa, homem,
imaginam esperar qualquer coisa,
e se quedam mudos, escoam-se passo a passo, sentam-se,
últimos servos do negócio, imaginam voltar para casa,
já noite, entre muros apagados, numa suposta cidade, imaginam.
Escuta a pequena hora noturna de compensação, leituras, apelo ao cassino, passeio na praia,
o corpo ao lado do corpo, afinal distendido,
com as calças despido o incômodo pensamento de escravo,
escuta o corpo ranger, enlaçar, refluir,
errar em objetos remotos e, sob eles soterrados sem dor,
confiar-se ao que bem me importa
do sono.
Escuta o horrível emprego do dia
em todos os países de fala humana,
a falsificação das palavras pingando nos jornais,
o mundo irreal dos cartórios onde a propriedade é um bolo com flores,
os bancos triturando suavemente o pescoço do açúcar,
a constelação das formigas e usurários,
a má poesia, o mau romance,
os frágeis que se entregam à proteção do basilisco,
o homem feio, de mortal feiúra,
passeando de bote
num sinistro crepúsculo de sábado.
VI
Nos porões da família
orquídeas e opções
de compra e desquite.
A gravidez elétrica
já não traz delíquios.
Crianças alérgicas
trocam-se; reformam-se.
Há uma implacável
guerra às baratas.
Contam-se histórias
por correspondência.
A mesa reúne
um copo, uma faca,
e a cama devora
tua solidão.
Salva-se a honra
e a herança do gado.
VII
Ou não se salva, e é o mesmo. Há soluções, há bálsamos
para cada hora e dor. Há fortes bálsamos,
dores de classe, de sangrenta fúria
e plácido rosto. E há mínimos
bálsamos, recalcadas dores ignóbeis,
lesões que nenhum governo autoriza,
não obstante doem,
melancolias insubornáveis,
ira, reprovação, desgosto
desse chapéu velho, da rua lodosa, do Estado.
Há o pranto no teatro,
no palco ? no público ? nas poltronas ?
há sobretudo o pranto no teatro,
já tarde, já confuso,
ele embacia as luzes, se engolfa no linóleo,
vai minar nos armazéns, nos becos coloniais onde passeiam ratos noturnos,
vai molhar, na roça madura, o milho ondulante,
e secar ao sol, em poça amarga.
E dentro do pranto minha face trocista,
meu olho que ri e despreza,
minha repugnância total por vosso lirismo deteriorado,
que polui a essência mesma dos diamantes.
VIII
O poeta
declina de toda responsabilidade
na marcha do mundo capitalista
e com suas palavras, intuições, símbolos e outras armas
prometa ajudar
a destruí-lo
como uma pedreira, uma floresta
um verme.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Astronomia: Telescópios da Nasa fotografam uma Nebulosa quadrada!

Agora, um pouco de Astronomia:
Pessoal, recebi hoje este informe através da lista estudos astronomicos da qual participo, o Grupo de Estudos de Astronomia de Londrina (GEDAL).

Vejam só, quando imaginamos já ter visto tudo no Universo a Natureza vêm com mais uma novidade:




A fonte da reportagem é:



Ninguém sabe realmente dizer como uma nebulosa toma a forma de um quadrado, mas esse é justamente o caso da MWC 922.

Uma das hipóteses diz que uma estrela, ou um conjunto de estrelas, que está no centro do sistema estelar expele cones de gases durante a fase final de desenvolvimento, originando esse peculiar feitio.
Com base em evidências científicas, os pesquisadores especulam que a MWC 922 pode se transformar, um dia, em uma supernova.
A foto, divulgada nesta quarta-feira pela Nasa (agência espacial americana), foi feita pelos telescópios espaciais Hale, na Califórnia, e Keck-2, no Havaí.

                                                                     James Lloyd/Peter Tuthill/Efe/Nasa



Linda não?
Uma das maneiras de esquecer um pouco este mundo, é olhar os outros! hehehe






Maya em ação: a relação entre essência e aparência. (Parte II)


Segue abaixo a Segunda parte do Artigo, Maya em ação, a relação entre essência e aparência.
...não pregaria bolsas, ou, no caso da sala, a simples divisão das notas, isso é uma visão, no meu ponto de vista, deturpada e totalmente errônea da teoria socialista. Uma divisão realmente socialista, no caso da sala, teria de começar inicialmente incentivando a todos os alunos estudarem (trabalharem), para que então o resultado conjunto fosse o melhor possível, pois o interesse de uma sociedade socialista é a melhoria da sociedade e não do indivíduo, pois o indivíduo faz parte da sociedade, logo, se todos atuarem em benefício dela, todos serão beneficiados.

Por isso que, além da divisão igualitária da produção (notas), o socialismo prega a construção de um novo indivíduo (transformação do preguiçoso em estudioso), não o indivíduo "Robinson Crusoé", pautado nas mônadas da filosofia, onde o indivíduo está só e age apenas por si, e aquele que está a seu lado não é seu companheiro, mas pelo contrário é seu rival. Para que o socialismo dê certo, é também necessária a construção de uma nova noção de individualidade, uma individualidade pautada na comunidade, que surja a partir da comunidade e do indivíduo vendo-se como parte integrante da mesma.

A experiência supostamente socialista na sala não deu certo porque não houve esse processo, os estudantes, apesar de defenderem a divisão das notas, não agiram como verdadeiros socialistas no sentido de pensar na comunidade, que no caso deles seria a sala de aula. Foi uma mera experiência de divisão capitalista, em que uns indivíduos sobrevivem do trabalho de outros. E correlacionar isso com Socialismo é cair no erro de confundir Aparência com Essência, algo que Marx sempre alerta para que não façamos. Para uma transição de sociedade não basta mudar a forma de distribuição, é necessária também a construção de uma nova mentalidade, ou seja, não basta mudar a aparência de como a sociedade está organizada, é necessária uma mudança estrutural que modifique a própria essência que dá base a esta aparência. Assim como fez o capitalismo ao destruir a mentalidade do homem medieval para dar vida a sua própria'lma (A Ascese e o Espírito do Capitalismo - Max Weber).

Logo, concordo com o título do artigo (Socialização ou Sacanagem?), que dá base a este texto, realmente, o que aconteceu em tal situação não foi socialização, mas sim sacanagem, só que o professor está errado ao pensar que foi sacanagem porque o socialismo não daria certo, foi sacanagem porque foi uma experiência de divisão da produção pautada exatamente em cima dos moldes capitalistas da divisão da produção social, onde alguns produzem e outros vivem dessa produção.

E sem analisar a essência do fato construiu-se um discurso de que esta seria uma divisão Socialista, por isso falei da periculosidade da conclusão anteriormente, pois chegou-se a uma conclusão baseada em aparências, e não na realidade do fato. Assim, a conclusão já tem em sí um vicío de origem, é como dizer que o Sol gira em torno da Terra por aparentar ser assim, a aparência muitas vezes esconde a verdadeira essência das coisas. Assim sem se preocupar com a construção de um novo indivíduo, como Makarenko, por exemplo, o fez em seu trabalho pedagógico com menores delinquentes no início do sec. XX na URSS, não é possível que ocorra uma mudança da Essência. A produção não é socializada nem mesmo na sua confecção, e muito menos na sua distribuição, logo, é sim uma Sacanagem! Uma sacanagem capitalista usando disfarce de socialismo. Portanto, nessa avaliação percebe-se claramente a distinção entre essência e aparência. Para entender o conceito, inicialmente deve-se ter em mente que para Marx, ao contrário de outros autores anteriores, não existe uma divisão real entre Essência e Aparência. A Essência e a Aparência seriam assim como as faces de "Janus", duas partes de um mesmo todo. O mundo real não é dividido entre mundo ideal e mundo empírico, o que existe é uma construção dessa divisão, e é essa construção que dá base para a noção de essência e aparência da realidade. (...)

Continua amanhã!

 

Eleições na Unioeste! Centro Acadêmico de Direito.

Pessoal, aconteceu hoje a Eleição para a nova Direção do Centro Acadêmico de Direito da UNIOESTE - Campus de Marechal Cândido Rondon, "Centro Acadêmico XVIII de Novembro".
A chapa (única) à concorrer, nominada Força e Ação compõe-se da seguinte maneira:

Presidente: Luyki Rafael Drehmer
Vice-Presidente: Henrique Daubermann

1º Secretario: Luciano Egidio Palagano
2ª Secretaria: Gabriela Cortelini

Tesoureiro: Leonardo Casagrande Armange
Vice-Tesoureiro: Moacir De Grande Neto

Secretaria de Formação Política: Jordana Uliano e Luciano Vorpagel

Secretaria de Imprensa: Ana Paula Campanelli e Nataly Zorzo Rotta

Secretaria de Relações Públicas: Luana Mattos e Mariane Bolson

Secretaria de Eventos: Gabriel Alano e Kauê Perez


Dos mais de 200 acadêmicos, 89 participaram das eleições, lembrando que o voto não é obrigatório.
Destes, 77 votaram sim e 12 votaram não, oficializando assim a vitória da Chapa Força e Ação.
Esperemos agora que a chapa consiga cumprir com aquilo que propôs. E claro, como este que vos escreve é membro da mesma, não posso fugir a minha responsabilidade.
Então, qualquer cobrança ou sugestão, também podem se dirigir a mim, como a qualquer membro da chapa!
Agradeço aos acadêmicos que participaram! Tanto os 77 votos a favor como os 12 contrários. E espero que passado o período da gestão os 12 votos contrários se transformem em votos favoráveis, ao verem o trabalho sendo realizado. Assim como aqueles que não participaram, passem a participar ao verem que o C.A. começa a trabalhar!
Seguem algumas fotografias do dia, tanto da eleição como da contagem dos votos:






Mais uma vez agradeço a todos, e convido para a cerimônia de posse, amanhã às 9h20min, na sala do C.A. de Direito.

Por decisão do STF, a lei da Ficha Limpa não vale para 2010

Pessoal, o texto abaixo não é meu. É um discurso da Senadora do PSOL que corre o risco de deixar o cargo devido a decisão do STF.
E isso para que Jader Barbalho assuma no lugar dela! Um dos políticos mais envolvidos em escandâlos no nosso país! Tudo isso, por que devido a decisão do STF, a lei da ficha limpa não esta valendo para o pleito de 2010.
Ironia, a coorte mais alta da Justiça do país, premia com esta decisão os corruptos e penaliza aqueles que buscam fazer da política uma ferramenta de construção de uma sociedade melhor!


Antes do discurso da Senadora, eis as acusações que pesam contra Jader Barbalho, já julgadas em segunda instância:


Enriquecimento ilícito - Seus bens e fortuna estão calculados em R$ 30 milhões, segundo reportagem da revista Veja, os quais o Senador não deu explicações de como adquiriu.
Banpará - Segundo relatório da fiscalização do Banco Central, o senador pode estar envolvido no desvio de R$ 10 bilhões do Banco do Estado do Pará. Foram rastreados dois depósitos na conta de Jader.
Sudam - Jader foi o responsável pelas indicações para os altos escalões da extinta autarquia de onde foram desviados mais de R$ 100 milhões, dentre os acusados de desvio está o seu sócio Osmar Borges, a funcionária Maria Auxiliadora Barra Martins.
TDAs - Jader é acusado de ter praticado uma operação fraudulenta usando títulos da dívida agrária na desapropriação de uma fazenda inexistente., que lhe rendeu US$ 1,3 milhão


Agora segue o discurso da Senadora do PSOL pelo Pará:


Marinor Brito faz discurso em Plenário sobre julgamento da Ficha Limpa

Emocionada, a senadora Marinor Brito falou agora a pouco, em Plenário no Senado Federal, sobre sua indignação com os rumos do julgamento da lei da Ficha Limpa e recebeu o apoio de companheiros de partido e de vários parlamentares de diversas siglas partidárias.

“O povo brasileiro precisa participar das decisões políticas do nosso país, tomar decisões para enfrentar o que o Congresso Nacional e o Judiciário não conseguiram enfrentar nas últimas décadas: o combate à corrupção, ao uso do poder econômico que tem definido os rumos da política brasileira.

O povo brasileiro juntou energia para mobilizar o país, de ponta a ponta, para trazer ao Congresso a Lei da Ficha Limpa, com o intuito de barrar os corruptos, que historicamente têm deixado o povo no abandono e representado a fome, a miséria, a prostituição infanto-juvenil, respondido pelo trabalho escravo, pela visão de desenvolvimento macroeconômico e deixado o povo do meu estado e do país na mais miserável condição. O estado do Pará tem sido saqueado historicamente por essa elite podre que se utiliza da máquina pública para sua perpetuação.
Queremos um judiciário transparente e veremos, se não agora, varrido da política brasileira, políticos como Jader barbalho e os ‘Roriz e Malufs’ da vida. Vamos construir passo a passo esse sonho, ocupando espaço nas assembléias legislativas, nas associações de moradores e espaços de combate à homofobia e qualquer tipo de discriminação.

Espaços onde o povo consegue ter vez e voz, com muita dificuldade e sacrifício. Quem aqui chegou ao Senado Federal com R$ 53 mil? Se raposas do poder como Jader barbalho não fizessem propaganda dioturnamente, não tivessem essas benesses, será que estariam com algum percentual de voto?

Custe o que custar, querendo ou não a justiça, nossas vozes não se calarão. O povo brasileiro vai continuar tentando varrer os corruptos da política. O voto tão esperado do Brasil de um advogado de carreira, juiz que não foi questionado pela carreira jurídica quando foi indicado para ser ministro do supremo, não conseguiu acompanhar a vontade do povo brasileiro, em nome das famílias como ele mesmo disse”.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Obama, Dilma, Democracia!

O Brasil parou esta semana!
Por causa do Carnaval? Não!
O Carnaval já passou, criou as polêmicas de sempre, com alguns clamando contra e outros se colocando a favor!
Mas, o Brasil parou, não para ver o carnaval!
Mas, para uma visita!
Uma visita do homem que é considerado o homem mais poderoso do Planeta!
O presidente dos E.U.A!
Um negro, como presidente! Uma antiga lutadora pela democracia como presidente!
Realmente um encontro histórico, como foi definido pela própria presidente: Um Negro ( o primeiro presidente negro) do país mais poderoso do planeta, e uma mulher ( a primeira mulher presidente) como presidente do Brasil!
É uma pena, que algo tão significativo tenha sido manchado com a repressão, e com a perseguição aos movimentos sociais!
Dias antes da visita de Obama a Central Única das Favelas (CUFA) que estava participando da organização da visita do Obama ao Rio, saiu da coordenação do evento.
Segundo a entidade, os moradores das favelas estavam sendo tratados como estrangeiros em sua própria terra, devido a visita!
No dia do evento, militantes políticos de diversas entidades em protesto contra as posições que os E.U.A, vêm tomando em relação a outros países, e até mesmo o Brasil, foram presos sem acusação formal.
Apenas por estarem protestando, inclusive uma senhora de quase 70 anos de idade, conhecida como vovó Fluminense, que foi definida pelo Juiz substituto como representando perigo a pessoa do presidente, e por isso foi mantida na cadeia.
Os presos já foram liberados, mas o fato que não foi noticiado pela mídia, em meio a festa da visita, ficou na história e na memória destas pessoas, e dos movimentos atingidos!
A primeira mulher presidente, ex-lutadora da luta pela democracia, e o primeiro presidente negro dos E.U.A., romperam com as esperanças e com as crenças que o povo neles colocou ao leva-los ao poder!
Rompendo com estas crenças, romperam com seu passado, com sua história!
E agora defendem exatamente aquilo que combatiam!
No lugar de serem símbolos de resistência e luta, se tornam símbolos da repressão e da exploração do homem pelo homem!
Espero que nem todos os símbolos caiam como estes caíram!
Mas, se os símbolos caírem, a esperança de mudança ainda fica no coração dos lutadores!
Parabéns ao manifestantes, e fica aqui registrada minha solidariedade aos que foram reprimidos!

Maya em ação: a relação entre essência e aparência. (Parte I)


O Artigo abaixo, de minha autoria, também esta publicado no seguinte site: http://os4elementos.no.comunidades.net/index.php?pagina=1641322580

Para a publicação neste espaço, eu fiz algumas correções ortográficas, e de concordância. O conteúdo é o mesmo.

Também é um artigo um pouco antigo, mas resolvi ressucitá-lo pois acho que a discussão vale a pena!

Boa leitura!

Maya em ação: a relação entre essência e aparência. (Parte I)


Vivemos na era das correntes de e-mail, e textos muitas vezes apócrifos correm de caixa de e-mail em caixa recebendo a atenção, o tempo e muitas vezes a crença de internautas que os recebem. Este artigo é baseado em um destes textos de internet.

Existe um texto que corre em listas de e-mail pela internet, no mesmo o autor relata uma suposta experiência socialista feita em sala de aula, a mesma teria sido realizada por um professor de economia que faz a experiência de dividir a nota de seus estudantes de maneira igualitária. E baseado nessa única experiência chega ao resultado de que o Socialismo jamais daria certo. Este texto deu base a um artigo no Jornal O Presente publicado no dia 24/03/10 chamado "Socialização ou Sacanagem?" (Élio Migliorança), artigo este que respondi com outro artigo no mesmo jornal no dia 21/04/10, debatendo as conclusões do autor do artigo do jornal. Este artigo é baseado neste primeiro, uma especie de evolução do pensamento, ou aprofundamento teórico daquele, não quero entrar aqui em detalhes na estória do texto da corrente de e-mail em sí, pois faria este artigo ficar mais longo do que ele já é, para quem tiver a curiosidade de saber a estória do texto citado em seus detalhes é só digitar o nome do mesmo (Socialização ou Sacanagem) no Google entre aspas. O que quero fazer aqui é uma análise da história do e-mail, para depois discutirmos sobre o conceito de Essência e Aparência nos escritos de Marx.

No referido texto, o autor relata que uma suposta classe de Economia passou a socializar as notas, e que os "preguiçosos" não fizeram a parte deles, enquanto os "estudiosos" tiraram notas por todos, mas como as notas seriam divididas os estudiosos ficaram com menos do que tiraram, e aqueles que não fizeram a parte deles aumentaram sua cota de notas em cima dos outros. Os estudiosos ao verem que suas notas diminuíram e a dos outros aumentaram, também pararam de estudar, por dizer que não valia a pena estudar para sustentar a nota dos outros. No final como a nota de cada aluno seria a média da sala, todos acabaram reprovando, pois ninguém mais estudou e a média geral caiu ao minimo possível. Conclusão: Isso é o que aconteceria em um sistema socialista! Aritmeticamente falando nada esta errado, mas para se chegar a esta perigosa (veremos mais adiante o por que do perigosa) e importante conclusão deve-se analisar outros pontos. Afinal seres humanos não são meramente números.

Até o ponto que conheço da teoria Marxista, em O Capital Marx diz:

"De cada um de acordo com sua capacidade, a cada um de acordo com as suas necessidades!", reparem bem: "SEGUNDO A SUA CAPACIDADE", e "AS SUAS NECESSIDADES", não se fala apenas da necessidade, fala-se também da capacidade que o indivíduo tem em relação ao trabalho. Que é a única maneira de avaliar a capacidade de um indivíduo, isso inclusive é dito na citação de Marx antes mesmo de falar em necessidade.

Ou seja, a experiência que o professor relata no artigo me parece mais uma perspectiva de divisão capitalista das notas, onde alguns extraíram a mais-valia (podemos mencionar assim) das notas daqueles que estudaram. Com a intenção de cobrir o que faltava nas suas, pelo fato de não haverem estudado. Esse é um erro comum, tanto daqueles que muitas vezes pregam o socialismo sem conhecer exatamente a teoria, como também daqueles que se colocam contra ele, desvirtuando e "inocentemente" fazendo citações, mas não as trabalhando da forma correta, e nem de forma completa.

Uma experiência realmente socialista...

 Continua amanhã!

;)

Por ser um pouco extenso, irei dividir o artigo em três partes. Postando uma parte a cada dia, para facilitar a leitura.

Inocência Perdida


Este é um artigo antigo. Tem mais ou menos um ano. Mas, o assunto é atual. Escrevi ele logo após a polêmica afirmação de um Arcebispo, divulgada nos meios de comunicação do país, dizendo: "A sociedade é pedófila...!". A afirmação foi feita no auge de denúncias sobre pedofilia relacionando membros do clero católico. Como na época quase não consegui espaço para divulgar o artigo, o mantive na geladeira, e estou aproveitando o blog para publicá-lo e dispor o mesmo a leitura e análise de vocês. O fato é antigo, mas a discussão é atual!
Boa leitura e Abraços!

Obs. Não mexi no texto, mantendo o texto da época.

Inocência Perdida

Uma afirmação polêmica ecoou nos meios de comunicação nos últimos dias, talvez não tenha tido tanta expressão na sociedade, pelo fato de que é comum um assunto esvaziar-se logo após a polêmica ser instaurada. A afirmação foi a seguinte: “A sociedade é pedofila...!”, essa afirmação de Dom Dadeus Grings, arcebispo de Porto Alegre, esta carregada de significados muito mais profundos do que aqueles que foram usados na análise superficial de sua fala.
Talvez, significados que nem o próprio arcebispo tenha notado. Vivemos hoje em uma sociedade de mercado, onde tudo se transforma em mercadoria, e as pessoas não são vistas como seres humanos, e sim como consumidores. As relações não são pessoais mas sim de contrato, e isso esta expresso na maneira como nossas crianças são vistas e tratadas pelo mercado.
Tudo o que um adulto tem a disposição (ou quase tudo) é também disponibilizado para crianças, inclusive incentivando à elas (as crianças) o consumo. Além disso, incentivamos nossas crianças a se transformarem em mini-adultos, por meio de maquiagens, roupas de corte adulto, ao consumo da moda.
Trabalho em dois colégios, e vejo crianças de 11 anos com três celulares, procurando em sites da internet produtos que tem embutidos em seus sentidos a sexualidade. Incentivamos nossas crianças a se tornarem adultos antes da hora, para que o mercado tenha consumidores sacrificamos a inocência e a infância de nossas crianças.
E somando-se a isso ainda existe a quantidade imensa de hormônios que são utilizados na produção de alimentos, hormônios estes que estudos já o indicam acabam por acelerar o processo de maturação do corpo humano, fazendo assim com que uma criança de 13 anos tenha muitas vezes o corpo de uma pessoa de 17 ou 18. Só que o mesmo não acontece com a mente dessa criança, é uma criança com idade de criança no corpo de um homem ou mulher feitos.
Logo nesse sentido, podemos dizer que sim, a “SOCIEDADE É PEDÓFILA”, mas não no sentido do Bispo, não no sentido de abuso sexual de um individuo sobre outro, no caso um individuo adulto sobre uma criança.
Pedofilia no sentido de estimular crianças a agirem como adultos, e a partir disso, dar possibilidade para que as mesmas acabem por vivenciar experiências as quais ainda não estão prontas a vivenciar.
Pedofilia no sentido de abuso sim, mas o abuso que a sociedade através do mercado faz com suas próprias crianças!
Temos mães adolescentes de 12 ou 14 anos, cujos pais também tem essa idade, não é um adulto abusando de uma criança. São duas crianças que vivendo em uma sociedade que estimula a sexualidade para o consumo acabam entrando em situações que as levam a esse fim.
Por isso termino esse pequeno texto com um pedido:
Pais, deixem seus filhos serem crianças! Já basta uma sociedade de mercado que procura transforma-los em adultos, sacrificando a infância de muitos em prol do lucro de poucos!

Eleição do Centro Acadêmico de Direito - UNIOESTE, Campus de Marechal Cândido Rondon

Pessoal, este não é nenhum texto reflexivo, nem poesia, nem nada disso.
Mas, um informe:

Acontece amanhã o processo eleitoral para a eleição da Nova Direção do Centro Acadêmico de Direito da UNIOESTE de Marechal Cândido Rondon.
Conto com vocês no processo, aqueles que forem acadêmicos do curso, indo votar, e os demais torcendo a favor! hehehe

Então amanhã, não esqueçam:

Chapa Força e Ação
Por um C.A. Forte e Ativo!

Abraços!

Iniciação!

Para estrear este blog, nada melhor do que pedir ajuda a uma das maiores Poetisas que o Brasil já teve: Cecilia Meirelles! De uma leveza e profundidade imensas, ela teve a capacidade de observar a alma humana como ninguém!
E como estamos falando de estréia e motivos, afinal todos os atos e palavras tem um "Motivo", deixo com vocês, no intuito de estimular o pensamento e a reflexão, assim como conhecerem um pouco mais os pensamentos deste que vos escreve, o poema "Motivo", de Cecília Meirelles:

Ei-lo:

Motivo
 
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.


Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.


Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
(Cecília Meirelles)

Esse é só o motivo de estréia! Aguardem, vêm mais por aí!