segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sobre a Copa de 2014: "Ad captandum vulgus, panem et circenses"

Como uma reflexão sobre o que vem ocorrendo em relação a Copa do Mundo em nosso país, e a maneira como são construídos alguns discursos em torno do esporte, deixo aqui a carta do Imperador Vespasiano a seu filho Tito, em sua versão atualizada. Vale a pena a leitura e a reflexão à que este texto nos incita:


Carta atualizada do Imperador Vespasiano para seu filho Tito

"Onde o povo prefere pousar seu clunis: numa privada, num banco de escola ou num estádio?" 
 "22 de junho de 79 d.C.
Tito, meu filho, estou morrendo. Logo eu serei pó e tu, imperador. Espero que os deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas. De minha parte, só o que posso fazer é dar-te um conselho: não pares a construção do Colosseum. Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memória. 
Alguns senadores o criticam, dizendo que deveríamos investir em esgotos e escolas. Não dê ouvidos a esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis: numa privada, num banco de escola ou num estádio? Num estádio, é claro.
Será uma imensa propaganda para ti. Ele ficará no coração de Roma per omnia saecula saeculorum, e sempre que o olharem dirão: 'Estás vendo este colosso? Foi Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou'.
Vista aérea do que restou do Coliseu em Roma, quase dois mil anos depois ainda impressiona. 
Fonte: http://ixamostradepesquisa.pbworks.com/w/page/5197916/COLISEU
Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão.
Moralistas e loucos dirão que mais certo seria reformar as velhas arenas. Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas. Vel caeco appareat (Até um cego vê isso).
Portanto deves construir esse estádio em Roma, assim como a gente de Brasília construirá monumentais estádios em Natal, Cuiabá e Manaus, mesmo que nem haja ludopédio por esses lugares. 
Só para teres uma idéia, o campeonato de Mato Grosso teve média inferior a mil pessoas por partida, e a Arena Pantanal, em Cuiabá, terá capacidade para 43.600 espectadores. Em Recife haverá um novo estádio, mas todos os grandes clubes já têm o seu. Pior será a arena de Manaus: terá 47 mil lugares e, no campeonato estadual, juntando os 80 jogos, o público total foi de 37.971.
Maquete do Projeto do Estádio Gov. José Fragelli (Verdão) que deve ser construído em Cuiabá MT
Fonte: http://cariricaturas.blogspot.com/2009/11/estadio-da-copa-de-2014-colaboracao-de.html
 
As gentes da Terra Papagalli não ligaram nem mesmo para o exemplo dos sul-africanos, que construíram cinco novos estádios e quatro são deficitários. 
Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase: Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo, pão e circo). 
Esperarei por ti ao lado de Júpiter."
PS: Vespasiano morreu no dia seguinte à carta. Tito não inaugurou o Coliseu com um jogo de Copa, mas com cem dias de festa. Tanto o pai quanto o filho foram deificados pelo senado romano. Nunca tiveram oitenta por cento de aprovação porque, naquela época, a Confederação Nacional (Romana) dos Transportes (Empreiteiras) não encomendava pesquisas ao Census.

(Texto de Autoria desconhecida) Fonte: http://www.usinadeletras.com.br/

Pesquisa no dicionário de Latim: CLUNIS - subs. m. e f. - nádegas, ancas.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Malditos comunistas! (Por José Roberto Torero)

O texto abaixo não é meu, mas sim de um professor da USP. Uma interessante e irônica reflexão:


Malditos comunistas!

Em Cuba, se você tiver aptidão para o esporte, vai poder se desenvolver com total apoio do estado. Pô, assim não vale! Do jeito que eles fazem, com escolas para todos, professores especializados e centros de excelência gratuitos, é moleza. Quero ver é fazer que nem a gente, no improviso. Aí, duvido que eles ganhem de nós. Duvido!

Acabaram os jogos Pan-Americanos e mais uma vez ficamos atrás de Cuba. 

Mais uma vez!

Isso não está certo. Este paiseco tem apenas 11 milhões de habitantes e o nosso tem 192 milhões. Só a Grande São Paulo já tem mais gente que aquela ilhota.

Quanto à renda per capita, também ganhamos fácil. A deles foi de reles 4,1 mil dólares em 2006. A nossa: 10,2 mil dólares.

Pô, se possuímos 17 vezes mais gente do que eles e nossa renda per capita é quase 2,5 vezes maior, temos que ganhar 40 vezes mais medalhas que aqueles comunas. 

Mas neste Pan eles ganharam 58 ouros e nós, apenas 48. 

Alguma coisa está errada. Como eles podem ganhar do Brasil, o gigante da América do Sul, a sétima maior economia do mundo?

Já sei! É tudo para fazer propaganda comunista. 

A prova é que, em 1959, ano da revolução, Cuba ficou apenas em oitavo lugar no Pan de Chicago. Doze anos depois, no Pan de Cáli, já estava em segundo lugar. Daí em diante, nunca caiu para terceiro. Nos jogos de Havana, em 1991, conseguiu até ficar em primeiro lugar, ganhando dos EUA por 140 a 130 medalhas de ouro. 

Sim, é para fazer propaganda do comunismo que os cubanos se esforçam tanto no esporte. E também na saúde (eles têm um médico para cada 169 habitantes, enquanto o Brasil tem um para cada 600) e na educação (a taxa de alfabetização deles é de 99,8%). Além disso, o Índice de Desenvolvimento Humano de Cuba é 0,863, enquanto o nosso é 0,813. 

Tudo para fazer propaganda comunista!

Aliás, eles têm nada menos do que trinta mil propagandistas vermelhos na cultura esportiva. Ou professores de educação física, se você preferir. Isso significa um professor para cada 348 habitantes. E logo haverá mais ainda, porque eles têm oito escolas de Educação Física de nível médio, uma faculdade de cultura física em cada província, um instituto de cultura física a nível nacional e uma Escola Internacional de Educação Física e Desportiva. 

Há tantos e tão bons técnicos em Cuba que o país chega a exportar alguns. Nas Olimpíadas de Sydney, por um exemplo, havia 36 treinadores cubanos em equipes estrangeiras.

E existem tantos professores porque a Educação Física é matéria obrigatória dentro do sistema nacional de educação. 

Até aí, tudo bem. No Brasil a Educação Física também é obrigatória. 

A questão é que, se um cubano mostrar certo gosto pelo esporte, pode, gratuitamente, ir para uma das 87 Academias Desportivas Estaduais, para uma das 17 Escolas de Iniciação Desportiva Escolar (EIDE), para uma das 14 Escolas Superiores de Aperfeiçoamento Atlético (ESPA), e, finalmente, para um dos três Centros de Alto Rendimento.

Ou seja, se você tiver aptidão para o esporte, vai poder se desenvolver com total apoio do estado. 

Pô, assim não vale!

Do jeito que eles fazem, com escolas para todos, professores especializados e centros de excelência gratuitos, é moleza. 

Quero ver é eles ganharem tantas medalhas sendo como nós, um país onde a Educação Física nas escolas é, muitas vezes, apenas o horário do futebol para os meninos e da queimada para as meninas. Quero ver é eles ganharem medalhas com apoio estatal p ífio, sem massificar o esporte, sem um aperfeiçoamento crescente e planejado. 

Quero ver é fazer que nem a gente, no improviso. Aí, duvido que eles ganhem de nós. Duvido!

Malditos comunistas...

José Roberto Torero é formado em Letras e Jornalismo pela USP, publicou 24 livros, entre eles O Chalaça (Prêmio Jabuti e Livro do ano em 1995), Pequenos Amores (Prêmio Jabuti 2004) e, mais recentemente, O Evangelho de Barrabás. É colunista de futebol na Folha de S.Paulo desde 1998. Escreveu também para o Jornal da Tarde e para a revista Placar. Dirigiu alguns curtas-metragens e o longa Como fazer um filme de amor. É roteirista de cinema e tevê, onde por oito anos escreveu o Retrato Falado.

Pelo segundo ano consecutivo o PSOL se destaca e fica na frente no prêmio Congresso em Foco!

E o melhor deputado em 2011 é… Chico Alencar

Pelo segundo ano consecutivo, parlamentar fluminense vence a categoria principal do Prêmio Congresso em Foco. Assim como em 2010, ele já havia sido escolhido o melhor deputado pelos jornalistas que participaram da primeira fase de votação
Pelo segundo ano consecutivo, Chico Alencar foi escolhido pelos internautas o melhor parlamentar do ano - Beto Oliveira/Câmara
Melhor deputado na avaliação dos 267 jornalistas que participaram da primeira fase de votação do Prêmio Congresso em 2011, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) também foi escolhido pelos internautas como o mais atuante do ano. É a segunda vez consecutiva que ocorre essa sintonia. Em 2010, o deputado também arrebatou os dois prêmios. O líder do Psol já havia sido condecorado esta noite por sua atuação na defesa da democracia e da cidadania.
Desta vez, Chico Alencar recebeu 7.201 votos na votação dos internautas e teve uma pequena vantagem sobre seu colega de partido e estado Jean Wyllys (Psol-RJ), que ficou com 6.987 votos. A deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), que obteve 5.345 votos, foi a terceira mais votada. Chico, Jean e Manuela receberam troféus por conta da votação obtida. As honrarias foram entregues pelo diretor do Congresso em Foco, Sylvio Costa, e pelo diretor da Ambev Disraelli Galvão Guimarães.
Do quarto ao décimo colocado, os deputados foram agraciados com placas. Certificados de reconhecimento pela atuação em 2011 foram recebidos pelos deputados que ficaram entre a 11ª e a 25ª colocação. Afinal, esses foram os 25 deputados que, na avaliação dos 267 jornalistas que participaram da primeira etapa do prêmio, foram os que mais se destacaram este ano.
Veja como ficou a classificação na categoria de melhor deputado, conforme a votação na internet:
Chico Alencar  (Psol-RJ)    7201 votos
Jean Wyllys  (Psol-RJ)    6987
Manuela D’Ávila  (PCdoB-RS)    5345
Ivan Valente  (Psol-SP)    4764
Luiza Erundina  (PSB-SP)    4564
Romário  (PSB-RJ)    4535
Vicentinho  (PT-SP)    4215
ACM Neto  (DEM-BA)    4143
Dr. Rosinha  (PT-PR)    4038
Marco Maia  (PT-RS)    3915
Delegado Protógenes  (PCdoB-SP)    3790
Erika Kokay  (PT-DF)    3620
Paulo Teixeira  (PT-SP)    3360
Aldo Rebelo  (PCdoB-SP)    3093
Henrique Fontana  (PT-RS)    3063
Jandira Feghali  (PCdoB-RJ)    2976
Reguffe  (PDT-DF)    2820
Domingos Dutra  (PT-MA)    2816
Cândido Vaccarezza  (PT-SP)    2785
Miro Teixeira  (PDT-RJ)    2665
Roberto Freire  (PPS-SP)    2268
Alfredo Sirkis  (PV-RJ)    1921
Mara Gabrili  (PSDB-SP)    1833
Carlos Sampaio  (PSDB-SP)    1756
Duarte Nogueira  (PSDB-SP)    1714
Total de votos: 90.187
Trajetória política
Carioca, 62 anos, Chico Alencar está no terceiro mandato na Câmara. Projetou-se na política como líder comunitário. Mestre em Educação, autor de 26 livros, é professor licenciado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Entre 1987 e 2005, foi filiado ao PT, pelo qual conquistou seu primeiro mandato na Câmara.
Foi vereador e deputado estadual. Trocou o PT pelo Psol em 2005, no auge do escândalo do mensalão. Contundente nas críticas ao governo e também à oposição feita pelo PSDB e pelo DEM, é uma das principais referências na defesa da ética e da transparência na administração pública.
O deputado foi contemplado em todas as edições do Prêmio Congresso em Foco. Nos últimos três anos, Chico foi considerado o melhor deputado pelos jornalistas que cobrem o Congresso. Em 2010, foi o mais votado pelos internautas.
Prêmio
Prêmio Congresso em Foco 2011, que este ano tem como tema a construção da democracia, tem o patrocínio da Ambev e da Petrobras. É apoiado pela Associação Nacional dos Peritos Criminais (APCF), pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Sindicato Nacional dos Fiscais Federais e Agropecuários (ANFFA Sindical). Também apoiam o prêmio a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), a Associação Nacional de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), a Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), a TIM, a Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Este prêmio também é realizado em parceria com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O verso e o anverso na USP

Segue abaixo uma interessante reflexão sobre o processo de ocupação na USP:


Por Jorge Luiz Souto Maior, Professor livre-docente da Faculdade de Direito da USP


São Paulo, 5 de novembro de 2011
Jorge Luiz Souto Maior, Professor livre-docente da Faculdade de Direito da USP
Estão dizendo por aí que os alunos que ocupam a Reitoria da USP perderam a razão quando não aceitaram a deliberação da Assembléia. Querem dizer, então, por preceito lógico, que concordariam com a ocupação se a Assembléia a tivesse aprovado? Ora, se não concordariam nem assim, então, a deliberação da Assembléia é irrelevante e o ataque feito à ação dos estudantes e servidores por esse viés é totalmente despropositado.
As lutas sociais, ademais, não dependem de uma legitimação fixada em lei, do contrário não seriam lutas e, de fato, não teriam condições materiais de existir. Quaisquer pessoas podem se organizar, formar suas associações de direito ou de fato, para a defesa de seus interesses. Os movimentos sociais, normalmente, não possuem constituição jurídica formal. Assim, os estudantes mobilizados, que criaram uma forma de organização própria, não têm obstáculo jurídico para a defesa dos ideais que consideram importante defender.
Pode-se discutir, a bem da verdade, a legitimidade que possuem para responder por todos os alunos da USP, mas ao que se sabe os alunos ali mobilizados nunca reivindicaram esse título, ainda que a sociedade crie sobre eles uma generalização.
Quanto ao meio de luta eleito, a ocupação, há uma gama enorme de questões que o envolve. Fiquemos, no entanto, com o verso do senso comum de que se trata de uma ilegalidade porque representa tomar posse de um patrimônio público. Mas, cumpre, inversamente, reparar: o ato em questão não se trata de tomar posse para si e sim, em caráter provisório e precário, para o propósito de instituir um diálogo político, o qual visa à reconstrução da ordem estabelecida.
Ainda assim fiquemos com a noção de ilegalidade. Diante da situação posta o que resta à Reitoria? Restituir a legalidade? Diz a Administração da Universidade que está obrigada a resgatar a ordem e, desse modo, para devida defesa do patrimônio público, ingressou com ação de reintegração de posse. E obteve a liminar. Mas, novamente, faz-se importante ponderar. Qual o valor que a Reitoria está buscando preservar? Está preservando o patrimônio, ou seja, os bens materiais. Com isso, mais uma vez, está se furtando ao diálogo pelo uso da força, ainda que ancorada por decisão judicial e pretende utilizar essa força para repelir aqueles que chama de “invasores”, só que os tais “invasores” não são números, são pessoas, e mais, são alunos e servidores, que estão ali, mesmo que em ato de pretensa ilegalidade, para o exercício de uma ação política contra atos que acusam terem sido ilegalmente cometidos pela Direção da Universidade, sobretudo no que se refere à abertura, por represália, de inúmeros inquéritos administrativos contra alunos e servidores, trazendo consigo, também, a reivindicação do que chamam “Fora PM!”
Na onda “moral e cívica” que histericamente se formou, essas pessoas estão sofrendo um verdadeiro massacre público, sendo agredidas por todos os lados. Mas, são só pessoas querendo expressar o seu sentimento e elegendo um meio de luta para tanto. São jovens que podiam não se importar com que se passa com os servidores ameaçados de dispensa por justa causa. Podiam não se importar com o futuro da Universidade, pois estão de passagem pelo Campus e com o Diploma universitário podem estar prestes a se inserir, exitosamente, no mercado de trabalho. Podiam, simplesmente, estar em por aí sem muitos propósitos na vida. Mas, não. Estão lá, lutando, exercendo cidadania, aprendendo a se organizar, produzindo saberes, adquirindo experiência de vida, aprofundando idéias e debates... Só isso já seria motivo relevante para que as admirássemos, mesmo sem concordar com suas bandeiras ou métodos, apontando-os como açodados, inoportunos, radicais etc. Mas, não se há de esquecer que foram atitudes tomadas mediante forte emoção, ditada por um sentimento de injustiça e no calor de efervescência política em um ambiente universitário. O fato é que somente a partir de pessoas questionadoras, conscientizadas, inteligentes e lutadoras, como as que ora se mobilizam, o Brasil poderá, enfim, solver os seus eternos problemas.
Mas, o que a Administração da Universidade planeja fazer com essas pessoas? Submetê-las à força policial, assumindo todos os riscos daí conseqüentes, pois para a opinião pública, que fora forjada sobre o tema, vale mais a defesa do patrimônio que a preservação da integridade física ou mesmo da vida desses meninos contestadores de 17 anos ou um pouco mais e alguns servidores com vários anos de relevantes serviços prestados à Universidade.
Por que escrevo este texto? Porque me importo com a vida dessas pessoas. Porque me preocupa o cerco da força do poder contra uma mobilização reivindicatória. Porque não consigo dormir sossegado sabendo que a intransigência da Administração em estabelecer com estudantes e servidores um diálogo, ainda que difícil, longo e complexo, do qual, ademais, poderiam – e deveriam – participar as diversas inteligências da Universidade, que até agora, pesarosamente, ecoam um silêncio retumbante, pode produzir um verdadeiro massacre.
Não estou defendendo (nem condenando, por certo) a ação dos estudantes e servidores. Estou, meramente, rogando a todos, à sociedade, à mídia, à Administração da Universidade, ao Comando da Polícia Militar, e, sobretudo, à juíza que deferiu a liminar, para que repensem sua postura neste evento e permitam, enfim, o avanço do necessário diálogo a respeito das intrigadas questões que afligem, concretamente, a nossa Universidade.
Caso estes interlocutores não estejam dispostos a me escutar, volto-me, então, aos estudantes, aos quais chamo de alunos, se é que me concedem essa legitimidade, para pedir-lhes, então, que reflitam sobre as diversas outras possibilidades de manterem a mobilização, desocupando a Reitoria, até porque o anverso da escrita desse aparente verso triste pode ser a retomada do império da legalidade na Universidade em todos os níveis. Afinal, é possível difundir a todos os demais espaços essas e tantas outras reivindicações, não se restringindo apenas ao prédio velho e desconfortável da Reitoria!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Vocês acham que estão no controle?

Vocês acham que estão no controle? Quem disse que o Capitalismo busca a concorrencia? Falácia! O que o Capitalismo busca mesmo é a monopolização dos meios de produção por um grupo cada vez mais seleto, como já previu Lenin no inicio do século XX. Duvidam? Pois vejam quem realmente controla o planeta.Segue abaixo um artigo que recebi de um camarada:

As 10 empresas que controlam o mundo
Livia Aguiar
As 10 empresas que controlam o mundo





Não é teoria da conspiração, são fatos: uma análise das relações entre cerca de 43.000 empresas multinacionais feita pelo Instituto Federal de Tecnologia da Suíça  concluiu que 174 empresas (na maioria bancos) têm um poder desproporcional em relação ao resto do mundo. Esses 174 empreendimentos são considerados “superentidades” que controlam 40% da economia mundial.Isso não quer dizer necessariamente concentração de dinheiro e sim de poder (empresas que têm ações de outras empresas ou que as administram). Elas estão tão conectadas entre si, de forma tão intrínseca, que, se uma se desestabiliza, afeta todas as outras em cadeia.
Também ficou alarmado? Então, já pode se juntar ao movimento Occupy Wall Street (ou Occupy São Paulo, Occupy Rio de Janeiro, enfim: Occupy o mundo todo) para tentar mudar essa governança do 1% de poderosos sobre os 99% de “outras pessoas”. Ou simplesmente entender porque este movimento virou assunto fácil nas redes sociais nas últimas semanas.
Conheça aqui as 10 maiores donas do mundo e saiba quem controla de verdade a nossa economia.
10. Merrill Lynch & Co Inc – EUA
9. UBS AG – Suíça

8. Vanguard Group Inc – EUA

7. Legal & General Group PLC – Reino Unido

6. JP Morgan Chase & Co – EUA

5. State Street Corporation – EUA

4. AXA – França

3. FMR Corporation – EUA

2. Capital Group Companies Inc – EUA

1. Barclays PLC – Reino Unido

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