quarta-feira, 27 de julho de 2011

O TEMPO CRONOLÓGICO E SEU REFERENCIAL RELATIVÍSTICO – II PARTE

Segue a segunda parte do texto: O TEMPO CRONOLÓGICO E SEU REFERÊNCIAL RELATIVÍSTICO, como informado antes o texto não é de minha autoria, mas o reproduzo aqui com a autorização do autor.
Boa leitura a todos!


CIÊNCIA EM FOCO
Valmir de França*
Dedico este ensaio ao meu Irmão Ubirajara da Cunha
O TEMPO CRONOLÓGICO E SEU
REFERENCIAL RELATIVÍSTICO – II PARTE
Quando acreditamos na pluralidade dos mundos habitados logo nos vem a pergunta: como seria o tempo cronológico nestes lugares ímpares?
 
Em nosso planeta temos dois referenciais de tempo: o movimento de rotação em torno do seu eixo que determina o dia de 24 horas, e o movimento de translação em órbita solar que determina o ano, equivalente a 365,25 dias. Esses referenciais de movimentos astronômicos determinam o tempo cronológico no planeta Terra. Então, como seriam estes referenciais nos planetas Marte, Saturno, Netuno, etc., se lá houvesse seres inteligentes?
 
Nos planetas gigantes e gasosos como o Júpiter, Saturno e Urano, o dia seria em torno de 10 horas! Enquanto é passado 1 ano netuniano (uma órbita completa do Netuno em torno do Sol) foram passados 165 anos aqui na Terra.
VIA-LACTEAb
Concepção artística da galáxia Via Láctea.
Agora vamos passar o nosso referencial para a Via Láctea. Somos agora um observador hipotético localizado em um ponto qualquer do espaço sideral observando o esplendor da nossa galáxia. Para esta referencia a idade do Sol é de aproximadamente 21 anos! Surpreso, caro leitor?
O Sol conduz a sua “família solar” em uma órbita em torno do centro da Via Láctea, deslocando-se a uma velocidade próxima a 990 mil quilômetros por hora. Para completar uma volta completa em torno da nossa galáxia o tempo gasto é equivalente a 220 milhões de anos terrestres.
Desde a formação do sistema Solar estimado em 4,7 bilhões de anos terrestre, o Sol realizou perto de 21 voltas completas.
Como seria o tempo em outros sistemas galáctico em nosso universo? Vamos ousar. Iremos hipoteticamente para outros universos paralelos ao nosso através do “Hiperespaço”.
O Hiperespaço ou Espaço Multidimensional migrou das páginas da ficção-científica para ocupar o espaço que merece na Física Teórica. Há mundos misteriosos escondidos para além dos nossos sentidos humanos
Galaxy_Zoo_fusoes-de-galaxias-720x550
Galáxias em profusão. Imagem obtida pelo HUBBLE/NASA
Os místicos há muito tempo que acreditam na existência desses lugares que, segundo eles estavam cheios de fantasmas e de espíritos. A última coisa que a Ciência desejava era ser associada com tal superstição. Renomados cientistas estudaram e ainda estudam o tema, dentre eles ressaltaremos os seguintes físicos: Albert Einstein (1879 – 1955), Paul Adrien Maurice Dirac (1902 – 1984), Lev Davidivich Landau (1908 – 1968), Hugh Everett (1930 – 1982), e outros. Atualmente, vários cientistas desenvolvem o tema, dentre eles o Prof. David Deutsch, da Universidade de Oxford, Inglaterra, o Dr. Burt Ovrut da Universidade da Pensilvânia e o popular físico Michio Kaku da Universidade da Cidade de New York.
 
Matematicamente demonstraram existir onze ou doze dimensões ou onze ou doze universos paralelos. Cada qual com suas singularidades, suas freqüências, alguns com movimentos progressivos e outros regressivos, uns rápidos e outros lentos (velocidades? Razão espaço e tempo?). Como seria referenciado o tempo cronológico em cada universo paralelo?
 
universos_paralelos_cepe
Concepção artística demonstrando uma interligação entre um Buraco Negro, região onde a matéria “some” em um universo (esq.), e um Buraco Branco onde a “matéria” aparece em outro universo(Dir.). E.Einstein já trabalhava com esta hipótese no início dos anos 1950.
O espaço multidimensional é composto totalmente por energia. Quando sentimos e vemos a matéria ela é apenas energia condensada. Se tudo é energia, esta se manifesta de diversas maneiras, formas em diferentes freqüências. Podemos dizer que cada universo tem sua frequência e características próprias. Teoricamente os espaços interdimensionais seriam absolutos – neles, não existiria a noção de tempo de tempo cronológico. O deslocamento nestes espaços seria como o instante do pensamente. Um veículo navegaria sintonizado na frequência do local, e num instante, como se num pensamento, ele estaria em outro local, no mesmo universo ou no universo paralelo ao seu.
 
Vamos fazer outro exemplo para se entender melhor o que seria um universo paralelo. Podemos representar os universos paralelos pelo modelo onde um transmissor emitiria radiações em diversas freqüências distintas, e cada uma dela representasse um universo paralelo. Seria como fazem as emissoras de rádio e de televisão
Cada uma opera em diferentes faixas de ondas e de frequência. Precisaríamos de um aparelho receptor com o dial sintonizado em determinada emissora para ouvir ou ver algum programa que nos interesse. Giramos o dial e outra emissora diferente da primeira é sintonizada, e assim por diante. No mesmo espaço onde está o nosso aparelho receptor encontram-se entrelaçadas todas as outras emissoras de rádio e de televisão, quer dizer, uma mistura de ondas, desde as ondas curtas, médias e longas quando nos referimos à comprimento de ondas ou, desde baixas freqüências a altíssimas ou ultra-frequências. Se os objetos em nossa volta são sensíveis aos nossos sentidos é porque estamos sintonizados no mesmo universo paralelo. Mas, no mesmo espaço onde nos encontramos poderá existir outros universos que não vemos, não sentimos, porque não estamos sintonizados nele. Poderá a Ciência criar no futuro uma máquina com possibilidade de entrar em sintonia com outros universos paralelos. Se pegarmos carona neste veículo, como seria o tempo cronológico? Repetindo o que dissemos anteriormente, os teóricos afirmam que no Hiperespaço, composto por universos paralelos seria um ambiente absoluto, o tempo não existiria – os nossos deslocamentos seriam estantâneos como os nossos pensamentos.
O tema tem ocupado as mentes brilhantes dos cientistas nestes últimos cem anos. Um dos trabalhos inacabados de Albert Einstein era a Teoria Global ou Teoria do Todo, que resolveria todas as indagações da Ciência. Responderia a todas as questões até então não resolvidas, desde a Teoria do Big Bang até a dos universos paralelos. Outra teoria mais recente, da década dos anos 1980 é a Teoria das Cordas:
“A teoria das cordas mostram que átomos e a matéria em geral vibram em universos diferentes. Não podem ser demarcados num ponto fixo.” 
A Teoria das Cordas, por um momento não conseguiu explicar tudo, inclusive entre os cosmólogos, a Teoria do Big Ban. Mas, em meados da década dos anos 1990, o fisico Edward Witten,apareceu com uma nova teoria a qual se deu o nome de Teoria-M ou para muitos a Teoria das Membranas:
“[...] É uma teoria que unifica as cinco diferentes Teorias das Cordas. Essa teoria diz que tudo, matéria e campo, é formada por membranas, e que o universo flui através de 11 dimensões. Teriamos então 3 dimensões espaciais (altura, largura, comprimento), 1 temporal (tempo) e 7 dimensões recurvadas, sendo a estas atribuídas outras propriedades, como massa e carga elétrica”.
A Teoria “M” reconhece que o Universo não pode ser explicado matematicamente se não for admitido à existência de outros Universos Paralelos ao nosso”.
E agora leitor? Qual o seu conceito de TEMPO após a leitura deste ensaio em duas partes?
“É impossível entender o universo sem a presença de Deus!” Albert Einstein
__________________________________________
Referências
FRANÇA, V. de; GOWDAK, D.; MATTOS, N. S. de. Coleção Ciências: O Universo e o Homem. Livros Didáticos de Ciências de 5ª. a 8ª. Séries do 1º. Grau. São Paulo. Editora FTD. 1994.
 
http://rapidshare.com/files/ 174873018/Universos_Paralelos/BBC de Londres/Documentário
 
*Doutor em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais/UEM e Universidade Rennes 2, França.
CIÊNCIA EM FOCO é uma Coluna que tem por objetivo a Popularização e Divulgação Científica, no contexto da Educação Científica.
Os temas são abordados em forma de comentários do próprio autor; através de vulgarização de artigos científicos; ensaios, por meio de traduções, de transcrições e demais meios para que o conhecimento científico chegue a todos os leitores de O CAIÇARA “ON LINE”.
Endereço para acessar o CV LATTES:
http://lattes.cnpq.br/3639473647113056
 
**************************************************************************************
Endereço para acessar este CV:
http://lattes.cnpq.br/3639473647113056
"Fora da caridade não há salvação"
ADOTE UMA CRIANÇA
FAÇA O CADASTRO PARA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O seu comentário será moderado afim de verificar se não há ofensas de cunho pessoal, palavras de baixo calão, enfim qualquer comentário que possa servir de motivo para que este blog seja acionado judicialmente.
Apenas neste intuito! Críticas consistentes, e oríundas de diversidades de ideias, que possam dar possibilidade ao debate serão sempre bem vindas, e não serão moderadas. Mesmo que as críticas sejam ao autor! Apenas pedimos que para que os comentários não sejam retidos na moderação, eles não sejam feitos de maneira anônima!
Atenciosamente:
Luciano Egidio Palagano