CARTA
ABERTA AOS PAIS, ESTUDANTES E COMUNIDADE EM GERAL
Nós,
professores e funcionários estaduais e municipais, estamos nos
mobilizando para mais uma vez denunciar os problemas da educação e
reivindicar mudanças.
Os
governos federal, estadual e municipal fazem propaganda de que estão
melhorando a educação. É aquela velha conversa de falar bonito em
defesa da educação.
Porém a
realidade é outra. As condições de trabalho são precárias: temos
poucos funcionários nas escolas do Estado e do município
de Mal Cândido Rondon, o que leva a uma sobrecarga de trabalho. Os
professores recebem por 40 horas/aula semanais, mas são obrigados a
trabalhar muito mais para dar conta de todas as tarefas, como
preparação de aulas, correção de avaliações, etc. Sem contar as
várias turmas com uma quantidade muito grande de alunos. E o governo
do Estado ainda pretende colocar mais alunos por sala! Muitos
professores precisam trabalhar em várias escolas para poder fechar a
sua carga horária. Em torno de 25 mil professores e funcionários no
Estado do Paraná têm contratos precários (PSS), são demitidos
todo final de ano e ficam meses sem salário. E agora o governo ainda
está ameaçando encerrar os contratos no meio do ano. O problema da
indisciplina em sala também é grave, além da violência freqüente
nas escolas.
Tudo
isso acaba se refletindo nas doenças. Muitos professores e
funcionários apresentam problemas de voz, problemas na coluna,
lesões por esforço repetitivo (LER), doenças como depressão,
vários tipos de transtornos, etc. O sistema de saúde do Estado
(SAS) é um caos. Não tem atendimento aqui em Marechal Cândido,
vários especialistas estão deixando de atender por falta de
pagamento do Estado, etc. No caso dos servidores municipais, o
atendimento pelo SUS também é caótico aqui em Mal Cândido Rondon,
ao contrário do que diz a propaganda da prefeitura.
Os
salários também estão longe do necessário. No município muitos
servidores com vários anos de trabalho ganham pouco mais do que o
salário mínimo. No Estado teremos 6,5% de reposição, mas o
aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis foi muito
maior. Portanto o salário vai comprar menos do que comprava um ano
atrás.
A
estrutura física e de materiais nas escolas também tem muitos
problemas. É preciso trocar o padrão de luz de muitas escolas,
construir novas salas, melhorar a estrutura de laboratórios de
ciências e de informática, das quadras, etc.
Em
todo país os problemas da educação são semelhantes. Por isso,
entre outras coisas, reivindicamos:
►Implantação
da lei do piso salarial nacional dos educadores, para garantir
aumento salarial e 33% de hora-atividade (tempo de preparação de
aulas e correção de avaliações). O objetivo é chegar a 50% de
hora-atividade.
►Aprovação
de um Plano de Carreira para os funcionários da educação
municipal. Isso para poder melhorar o salário conforme o tempo de
serviço.
►Contratação
de mais funcionários nas escolas do Estado e nas escolas e centros
de educação do município.
►Redução
do número de alunos por turma.
►Convocação
dos aprovados em concurso e realização de novos concursos públicos.
►Em
caráter de emergência: garantir os contratos dos professores e
funcionários PSS do Estado pelo menos até o final do ano.
►Aplicação
de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação em todo país.
Sem investimento não é possível melhorar a educação.
►Melhoria
na estrutura física e de materiais das escolas e dos centros de
educação (município).
►Modelo
de saúde que possa atender os servidores com dignidade.
►Aumento
salarial de 25,97% para professores e funcionários de escola.
►Implantação
do programa Profuncionário no município de Mal Cândido Rondon.
Essas
medidas também são importantes para melhorar a qualidade de ensino.
APP-Sindicato dos
trabalhadores em educação pública do Paraná/Núcleo Sindical de
Toledo.
CSP-Conlutas/Central Sindical
e Popular.
Intersindical.
Porque o professores está parecendo um mendigo?
ResponderExcluirOs professores do Eron onde estudei 80% só usam roupas de marca, tem carro do ano, empregada...
Quanto a escola caindo está certo, porque o dinheiro vai todo para o bolso dos professores vagabundos que recebem mil e uma regalias!